sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Reposição de aulas começa neste sábado / TRIBUNA DE PETRÓPOLIS

Sex, 13 de Agosto de 2010 11:40
JANAINA DO CARMO
Redação Tribuna de Petrópolis



Após 42 dias do reinício das atividades na rede municipal de ensino, enfim ficou definido o calendário de reposição das aulas. Em assembléia realizada na noite de quarta-feira, profissionais de Educação aprovaram a proposta enviada pela Secretaria de Educação. A reposição das aulas já tem início neste sábado, dia 14; e ao todo serão 10 sábados intercalados, sendo dois a cada mês, entre agosto e dezembro. Ainda de acordo com o calendário, o ano letivo será estendido até o dia 23 de dezembro, e dois feriados nacionais (Independência do Brasil e Dia de Nossa Senhora Aparecida), que irão cair numa terça-feira, não serão emendados, ou seja haverá aulas normais nos dias seis de setembro e 11 de outubro.
Segundo o coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Jorge César Gomes, com a definição da reposição das aulas, as próximas reuniões com representantes do governo serão para discutir assuntos salariais e melhorias nas condições de trabalho. “Ainda existem questões a serem definidas, como o Plano de Cargos, Carreiras e Salários e a carga horária, por exemplo. Agora podemos dar início a essa nova etapa”, comentou.
Para o presidente da União Estadual dos Estudante (UEE), Yuri Moura, o calendário não é ideal mas era a única solução para que o ano letivo não fosse estendido até janeiro. “Sabemos que aulas aos sábados nem sempre dão certo, mas não há outro jeito. Os alunos, principalmente do Ensino Médio, foram os mais prejudicados com a greve, e por isso a reposição era prioridade. Vamos realizar na próxima semana um encontro com os estudantes e mostrar a importância de cumprir o calendário”. De acordo com Yuri, muitos alunos fazem cursos pré-vestibular aos sábados, o que prejudicaria a presença nas salas de aula.
Luciano Haubrich, presidente do Instituto Bingen, ressaltou a demora para a definição do calendário. “Demorou muito, mas até que enfim saiu. Esperamos que os professores e diretores das escolas cumpram o que foi decidido. Vamos fiscalizar”, comentou. A greve dos profissionais da Educação teve início no dia 13 de maio e durou 23 dias, retornando em 30 de junho. Mesmo com a paralisação, as férias de julho foram mantidas, o que para muitos pais e alunos dificultou ainda mais na definição para um calendário. “A nossa posição era que os estudantes não perdessem o ano letivo. Se foi esta a decisão dos professores e do governo, temos agora que apoiar e fazer uma campanha junto com os alunos para que o calendário seja realmente cumprido”, concluiu Yuri.

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